segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mensagem para os (futuros) papais

Sabe, sinto que meu marido está "tentando" a menos tempo que eu. Nós combinamos janeiro de 2013, começamos em janeiro de 2013 mas... pra ele, podia ser outubro de 2020. Não era prioridade, era apenas a "hora" de se ter filho, segundo a sociedade.
Hoje não! Vejo que há alguns meses, nós estamos tentando juntos. Ele QUER um filho, tanto quanto eu. E o que antes era impecilho, já não é mais. E hoje eu li esse texto e bate com muito do que temos conversado, que serva de inspiração. A ele, mostrarei quando for hora ;)



Então, você vai ser pai
Então, você e sua companheira estão grávidos. Então, você sabe que precisa comprar uma casa maior. Tem que ter mais espaço pra criança. Tem que ter mais um quarto no apartamento. Tem que ter um berço novo, não pode ser aquele que a vizinha se dispôs a emprestar. Então, você sabe que tem que trocar de carro. Aquele carro não é confortável pra levar a família.
Aquele carro não é seguro pro seu filho. Tem que ter seis airbags, no mínimo. Tem que vir com ar-condicionado de fábrica. Coitado do bebê no verão.
Pai novo, fiz tudo aquilo que me diziam, do apartamento maior ao carro quatro portas, depois dos quais precisei trabalhar mais para poder dar conta das prestações. Trabalhava mais pra poder pagar a melhor creche. No supermercado, apenas a melhor fralda. Comprar a fralda mais barata significava amar menos meu filho. Roupa do brechó, nem pensar. De brinquedos caros, nosso armário está cheio. De culpa também, por ter que passar muito tempo no trabalho.
O que aprendi é que não faz diferença alguma. Um apartamento grande não faz diferença, porque as crianças gostam mesmo é de dormir amontoadas na cama dos pais. Um carro grande não faz diferença, porque as crianças gostam mesmo é de andar de bicicleta. A melhor creche não faz diferença, se você é o último pai a buscar seu filho.
Os brinquedos mais caros e os jogos de videogame não fazem diferença: para crianças, não há nada mais divertido do que se equilibrar no meio-fio ou andar na calçada sem pisar nos riscos. Jogar uma criança pro alto e agarrá-la antes de cair no chão, está aí a melhor brincadeira do mundo para qualquer pequeno. E tem a vantagem de ser de graça.
Adoro aquela tirinha do Rafael Sica sobre o sujeito que está sempre no trabalho pensando no bar. No bar, o sujeito está sempre pensando na família. Em casa, com a família, o sujeito está sempre pensando no trabalho. O sujeito nunca está realmente onde ele está. Cria sempre algum tipo de ruído na relação dele com as coisas. Esse cara sou eu, pensei quando vi a tirinha pela primeira vez.
Então, você e sua companheira estão grávidos. Então, você sabe que não precisa de uma casa maior, de um carro melhor, nem da melhor fralda, nem da melhor creche. Você sabe, no fundo, que só precisa estar lá. De verdade.

sábado, 16 de maio de 2015

3 Ovário Policístico: será?

Olá!

Então, como comentei no post anterior, estou no meio de uma bateria de exames pra saber porque após 1 ano e 4 meses não conseguimos ainda engravidar. Mas como o médico que pediu os exames mencionou a possibilidade de ovário policístico, é claro que procurei saber mais, e atentei para algumas informações que me pareceu que a suspeita tem bastante coerência.

Seguem dados que achei (fonte: Site Gineco), vou destacar os que quero falar sobre e detalhar no que me encaixo:

O que é:
A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho.
É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários.
Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal.
Segundo o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a Síndrome do Ovário Policístico atinge cerca de 7% das mulheres na idade reprodutiva.
Sintomas:
  • Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo);
  • Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen;
  • Obesidade;
  • Acne.
Então, ele levantou a suspeita devido aos dois atrasos menstruais maiores que relatei no post anterior, e ao ver que tenho problemas com acne. Pra falar a verdade tive uma acne adulta nos ultimos anos (não me lembro exatamente a partir de quando) muito mais forte inclusive que a acne que tive na adolescência!
Porém, como já fiz alguns exames de ultrassom antes, teoricamente teria sido diagnosticado. Mas uma das formas de se tratar a SOP é com anticoncepcional, ou seja, eu a tratei mesmo sem saber durante algum tempo. Além disso, um fator agravante é o sobrepeso, e depois que casei engordei 12kg, o que pode ter ativado a síndrome. Por isso das espinhas só agora (e de uns pelinhos danados totalmente extras aparecendo recentemente). Pior que essa SOP danada é que ela causa a obesidade e ao mesmo tempo se agrava com ela, ou seja, ela dificulta a perda de peso e ao mesmo tempo me exige perdê-lo!
Venho lutando com o excesso de peso a anos (ao total, dos 18 aos 28 engordei 26kg, pulando dos 60 para os atuais 86). Claro que sou ciente de que não voltarei ao peso dos 18 (nem quero na verdade), mas se voltar ao peso com o que casei, 72kg, fico muito contente e acredito ser o suficiente para esta questão da SOP, mas se chegar a 65kg fico mais contente ainda.

Como tenho 1,78m, esses valores parecem bem altos, mas eu também sou! rsrs... e segundo o IMC, se eu baixar de 80 já estou com peso normal.

Por isso lanço o #projetomamãemagra, que não é só uma questão estética, mas sim de propósito maior, ser mãe!!

Vale lembrar que ainda não fui diagnosticada com a SOP, mas como emagrecer só me fará bem (além de evitar outras possíveis doenças durante a gravidez), vou tomar como o impulso que me faltava!

Até breve ;)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

2 O histórico ginecológico

Então! Bora entender um pouco mais o que se passa para eu não conseguir ter filhos até então ;)

Na verdade, saber o porque não sei, estou começando a batalha pra entender o que acontece.. mas claro, há um histórico todo da parte de anti-concepção, e aos poucos conforme tudo for se resolvendo vou explicando!

Tive a menarca aos 12 anos de idade. Mas como meu marido é meu primeiro namorado firme (fofo né? Antes dele só beijinhos :D ) e começamos a namorar eu tinha quase 18 (e 60kg, essa informação será necessária mais pra frente, foi aos 18 que comecei a tomar anticoncepcional.
A princípio parecia tudo bem, porém, devido a querer ir pra praia, uma vez tentei emendar duas cartelas de anticoncepcional: fui ignorada! rsrs.. a menstruação desceu tal qual eu tivesse feito a pausa. A partir dessa e de outras vezes que tentei regular de alguma forma o ciclo, descobri que o anticoncepcional até fazia seu papel de eu não engravidar (será? Ou ele nem tinha trabalho mesmo!) mas não tinha controle sobre minha menstruação. Tanto é que depois de um tempo, ela começou a durar mais tempo e não parar totalmente quase nunca. Primeira atrofia.
Digo primeira porque nos 7 anos de namoro, meu endométrio atrofiou 3x. Ou seja, ele não segurava mais o sangue entre as menstruações (e claro, se eu viesse a engravidar não seguraria o óvulo também). Todas as vezes fui orientada a fazer uma pausa de 4 a 6 meses e troquei de anticoncepcional (na verdade troquei mais vezes, sempre na tentativa de achar o que controlasse realmente a menstruação).
Pois bem, quando estava prestes a casar (e com 72kg), decidi não tomar mais porque, apesar de não escutar isso da ginecologista, pensei comigo que essa brincadeira de atrofia e desatrofia, poderia atrofiar e não voltar né? Então cuidamos de outras formas (uma mistura de tabelinha com coito interrompido, nunca fui fã de camisinha :X). Fiz também alguns exames básicos (sangue e ultra transvaginal). Tudo ok.
Em meados de 2012 procurei novamente a ginecologista (já era outra, afinal, queria uma ginecologista também obstetra, pra já ir pegando confiança e ter um histórico com ela). Fizemos diversos exames de sangue dessa vez, mais o transvaginal que acusou ainda um pouco de atrofia do endométrio (sim, já sem usar anticoncepcional a 2 anos!) e ela me deu hormônio para reforçá-lo, o que a princpio o normalizou, e comecei o uso do ácido fólico.
Em janeiro de 2013, dada a largada! Começamos a tentar ter nosso anjinho. Tinha expectativa sim, mas sabia que não seria de cara, afinal tentar por até 1 ano é considerado normal. Mas conforme o tempo passava, a expectativa aumentava, e tive diversas fases: a to nem ai, a em que tinha um estoque de teste de farmácia em casa e fazia já antes de ser dia de descer a menstruação, a em que eu fazia exercicios e tomava coisas com cafeína somente na primeira fase do ciclo, afinal na segunda eu podia estar grávida já... enfim, todas as neuroses das tentantes! rsrs.
Em todo esse período, considero que eu tinha uma expectativa e ansiedade normais de quem está tentando, nada absurdo, mas quem quer um filho não tem como ignorar pensar nisso quando a menstruação está pra descer ou atrasa alguns diazinhos!
Em dezembro de 2014, quando chegou a hora de descer a menstruação, veio só uma sujeirinha (cá comigo já pensei no tal sangramento de implantação, claro!), e como não desceu de verdade, fiz exames, inclusive de sangue, mas todos com o negativo. 2 semanas depois desceu a menstruação. Primeira desregulada. A princpio em todos os outros meses antes e depois, periodo normal, 28 dias.
Em março deste ano (2015), viajamos para a Argentina por uma semana, para comemorar nossos 4 anos de casados (e 11 anos juntos!). A viagem coincidiu bem com o período fértil, o que me encheu de esperança, afinal quando estamos na nossa rotina habitual as vezes o cansaço impede de sermos bem certinhos com as tentativas né ;)
E quando era pra descer a mesntruação, não desceu. Expectativas mil, mas como já tinha levado muitos "não", decidi esperar uns dias para o exame. Esperei 4 dias (uma tortura pra uma tentante, não é?), fiz o de sangue. Nada. Desceu 3 dias depois. (atualmente estou com 86kg, como disse, a questão peso vai ter sua vez por aqui).
Confesso, essa vez, me derrubou. Chorei bastante, foi o que eu precisava pra procurar um profissional especializado, minhas esperanças diminuiram e fiquei magoada de uma forma diferente. Até o dias das mães, domingo passado, teve um gostinho amargo e muito choro. Tive que admitir que havia algo errado.
Há 2 semanas atrás procurei uma clinica especializada em fertilidade (não só para inseminação, mas em investigá-la como um todo. Eu e meu marido iniciamos uma bateria de exames, mas ainda não temos resultados. Porém já na primeira consulta, entre uma informação e outra e ao olhar para meu rosto (sempre com alguma espinha evidente!), ele levantou a suspeita de ovário policístico. Capaaaaz que fui googlar né! E essa questão é o assunto do próximo post!

Até breve ;)

quinta-feira, 14 de maio de 2015

1 Querer e (a principio) não poder ser mãe

Olá! Estou iniciando esse blog porque senti necessidade de divagar sobre esse assunto, que nesse momento, é pra mim o mais importante.

Primeiro, quem eu sou (ou parte disso): Vanessa, 28 anos, 1,78m, 86kg, joinvillense de nascença e de vida, casada a 4 anos, mãe.
Não fisicamente ainda.
Mas por instinto a muito tempo.
Sabe aquela criança que pede um irmãozinho só pra poder cuidar?
Que tem o tal instinto a maternidade aflorado tipo desde sempre? Eu.
Tenho uma irmã mais nova, mas nossa diferença é de apenas 1 ano e 3 meses, então não tinha idade exatamente pra cuidar dela.E claro, quanto mais a vida adulta se aproximava, mais ganhava força esse instinto.
Planejo minha vida desde sempre pensando em nossa futura família, em ser mãe, em inclusive parar de trabalhar quando isso acontecesse.
Namoro meu marido desde nossos 17/18 anos de idade, namoramos por 7 anos até casar. O amo demais, mas confesso que uma das coisas que mais me inspira é ver como ele é com outras crianças.
Tem o dom de ser pai.
Como profissão, atualmente sou cabeleireira, especialista em cachos, tenho um salão totalmente diferente do padrão, que é meu bibelô (quiser conhecer mais acessa Vaidosinhas.com). Antes disso, estudei Engenharia Mecânica (conheci meu marido fazendo técnico em mecânica!), sou formada, mas a vida me fez tomar esse novo rumo e sou feliz assim. E o salão acaba sendo também parte desse grande projeto, já que poderá me dar flexibilidade para a vida de mãe.

Nós casamos em 2011 e a idéia (dele, por mim acho que casava grávida, rsrs... mas alguém tem que ser mais racional) era ter filhos em 2013. Final de 2012 já tinha feito os exames básicos para ver se estava tudo ok, já tomava ácido fólico, enfim, tudo certo. Janeiro de 2013 começaram as tentativas.
Vale deixar claro também que desde que casei já não tomava anticoncepcional, mas farei um post sobre essa parte da história).
Até o momento, não aconteceu.
E é tudo que envolve o querer ser mãe que vou tratar aqui, tudo mesmo!

Até breve ;)